A vida em diferentes locais produz seres humanos diferentes.
Quem vive em uma cidade do interior vai de havaianas ao mercado, para na faixa para o pedestre, senta à mesa com o vizinho, anda com a janela do carro aberta, até porque fica mais fácil saudar o amigo que passa.
Quem vive em uma metrópole usa os últimos lançamentos nos pés, mas volta e meia fica descalço porque o assaltante pega para usar; passa voando pela faixa de pedestres porque se parar o carro que vem atrás não vai entender e subirá no parado; não senta à mesa com seu vizinho porque na verdade nem sabe como ele é. Anda com a janela do carro trancada para não ficar sem o carro e não tem problema se passar um amigo porque na metrópole não se tem amigos, se tem conhecidos e estes nem sempre precisam ser cumprimentados.
Quem vive na cidade do interior sente o vento no rosto, o calor suave sol da manhã e as emoções do barulhinho de chuva no telhado. Quem vive na cidade grande sente o calor dos escapamentos de carro, o frio dos altos paredões e o barulho das grandes construções.
Mas assim é o ser humano, cada um procurando o seu estilo de “espaço ao sol”. Eu sinceramente quanto mais ando de salto na metrópole mais sinto falta das minhas havaianas aposentadas.
3 comentários:
Um viva às havaianas e à sinceridade dos pés desnudos, que preferem a humidade do passeio livre à necessidade ambiciosa da corrida ou da competição.
Um beijo, Eli.
Que lembremos de deixar as portas sempre abertas... se não for a porta da casa, que seja pelo menos a porta da alma, do sorriso e do coração.
Isa,
adorei sua visita e suas palavras! Obrigada! Bjs,
Amiga, que linda crônica! Tão verdadeira e incisiva, como eu gosto!
Meu desejo é que possamos viver a liberdade de calçar as havaianas quando bem entendermos e encontrar um oi amigo em qualquer lugar que estivermos! Quando não tiver nenhum em presença, lembra que estamos em energia.
Beijos...
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